domingo, 31 de dezembro de 2006

O que ver em Roma

Roma é uma cidade muito italiana, dedicada á cultura e bastante enraizada em volta dos seus tempos aúreos de centro imperial.
A presença da sua grandeza do passado encontra-se estampada ao virar de cada esquina e o requinte está marcado nas elegantes fontes espalhadas em cada praça.
O seu handicap, será muito provavelmente o rio Tibre, que não tem o glamour esperado de uma cidade europeia.

Em Roma comece por visitar a Piazza Venezia, um monumento em honra do Rei Vittorio Emanuelle II, com mais de 150 anos e que hospeda também o soldado desconhecido.


Fica numa praça ladeada de jardins, perto do Palazzo Venezia, onde da varanda Mussolini proferia os seus discursos, e no seu topo consegue excelentes fotografias do coliseu de roma e do fórum romano.
Tenha cuidado pois na área existem muitos senhores vestidos de gladiadores demasiado prontificados a tirar uma foto consigo, já que cobram 5€/10€, no final da fotografia dependendo do aspecto do turista.


Se visitar o topo deste monumento chegara á Piazza Campidoglio, uma praça idealizada por Michelangelo, onde fica o museu capitolino onde é possível visitar a loba que alimentou, segundo a lenda, Rómulo e Remo, os fundadores da cidade.

Mais a oeste e a 100m dali, no meio de um vale, entre o monte palatino e monte capitolino, fica o Fórum Romano, que em tempos foi o centro das decisões imperiais.
Aí é possível visitar a Ara di Cesare, onde ainda hoje os turistas prestam homenagem ao grande imperador, e ver ruínas incrivelmente preservadas de toda a antiga cidade.
Percorra todo este trajecto e imagine-se a voltar atrás no tempo e a viver na era do Império Romano.
Á saída fotografe o Arco de Constantino.


Esta é uma zona particularmente histórica que dispõe de diversos locais de interesse.
Como tal decidimos deixar aqui a vista aérea do quarteirão para que possa facilmente identificar e decidir o percurso que mais lhe convém visitar.


Mesmo ali ao lado, fica uma das maravilhas do mundo, o Coliseu de Roma.
Construído como palco de lutas para agradar ás classes mais elevadas da sociedade e para distração dos Imperadores é hoje um museum ao ar livre, onde por 11€ é possível visitar o seu interior.
Se tem intenção de o fazer, compre primeiro o bilhete conjunto no panteão romano, que habitualmente tem menos gente, e evite assim as filas para entrar.
Construído á cerca de 2000 anos o Coliseu é ainda hoje uma obra impressionante.
Tem 50 metros de altura, 185 metros de largura e nos seus tempos aúreos, tinha capacidade para 50 mil visitantes.


A menos de 5 minutos a pé do Coliseu e na direcção de Este vai encontrar o Circus Maximus, actualmente um parque público que muitos romanos usam para passear com os namoradas ou levar o cão.
Mas o Circus Maximus já foi em tempos muito grandioso.
Construído 600 anos A.C. era aqui que tinham lugar os antigos jogos romanos.
Como era um sitio tão popular entre o povo romano era frequentemente sujeito a obras de expansão.
Daí a sua grandeza.




Tinha 600m de comprimento e 225m de largura, com uma capacidade para 385 mil espectadores (actualmente seria o triplo do maior estádio de futebol do mundo).





Quem vai a Roma, seja ou não cristão tem de visitar o Vaticano.


O Vaticano tem 44 hectares e é nação independente mais pequena do mundo.
Tem o seu própio serviço de correios (de onde não se pode esquecer de enviar um postal para a família), a sua própia farmácia e até um multibanco em latim.
É governada pelo Papa, que por sua vez é eleito pelos cardeais vigentes, e é o centro do poder cristão.
Em seu redor existem os Jardins do Vaticano, a Basílica de São Pedro e o Museu do Vaticano que contém a fabulosa Capela Sistina.




A Basílica de São Pedro, onde todos os Domingos o Papa Bento XVI celebra a missa.



A entrada na Basílica de São Pedro é gratuita, no entanto pagara com algumas horas na fila o esforço para puder tirar algumas fotos no seu interior.
Lá é possível ver o Altar gigante onde só o Papa pode celebrar a missa, visitar as lápides dos Papas anteriores, ou subir ao topo da Basílica de onde se têm uma vista de cortar a respiração.
Se quiser subir ao cume, não pode sofrer de claustrofobia (o acesso até ao topo é apertado) e tem de pagar.

Mesmo ali ao lado pode visitar o Castel Sant'Angelo.

Actualmente funciona como Museu, mas o miradouro que domina a vista da parte antiga de Roma, já foi residência de Imperadores, Fortaleza dos Papas e Prisão datando de 123 D.C.



Diz-se que existe um túnel subterrâneo desde a Basílica de São Pedro até ao Castel Sant'Angelo para permitir a salvação do Papa em caso de ataque.

Mesmo em frente ao castelo existe uma ponte, a ponte de Sant'Angelo.
Mandada construir pelo Imperador Adriano, esta magnífica ponte é ladeada por Anjos em toda a sua extensão.

Uma visita nocturna a este castelo de planta circular é também de não descurar.
O bilhete custa 5€ (valor que pode ser mais alto em acontecimentos especiais) e pode ser comprado online.

Outro local no Vaticano que não pode perder são os Museus do Vaticano.
No entanto terá de ter muita paciência, pois a fila para este local de culto turista, atravessa 3 ruas e pode chegar a 4 horas de espera.
O pior disto tudo é que o simples turista que está na fila é facilmente ultrapassado por grupos com guia que têm prioridade (mas que também são muito caros) e quando parece que estamos prestes a entrar, a fila á nossa frente aumenta.

Ainda assim não é muito barato entrar no Museu, custa cerca de 12€, sendo que todos os últimos domingos do mês a entrada é gratuita.
Confirme aqui os preços e o calendário.

Se tiver oportunidade, enfrente isto tudo, pois o interior da Capela Sistina faz com que tudo isto valha a pena.
No interior do museu existem milhares de exemplares de estatuetas com o sexo tapado ou simplesmente cortado, frescos magnificamente desenhados por artistas de renome como Bernini ou Michelangelo e uns jardins lindos por onde o Papa costuma passear.

Já no final da visita chegara á Capela Sistina, onde é expressamente proibido filmar ou tirar fotos, mas ficara concerteza com um ar estupefacto perante a beleza da capela.

O Vaticano é também conhecido pela sua Guarda Suiça, que protege a cidade há mais de 500 anos.
Por onde quer que vá em redor do vaticano, é possível encontrar os guardas, exclusivamente suiços, vestidos com o rigor que os fatos criados por Leonardo Da Vinci impõem.
Se quiser ser um deles, não basta comprar um fato de carnaval.






Aqui os Guardas Suiços a saudarem o português D.José Policarpo








Fontes

Roma, sendo uma cidade mediterrânica pode ser bastante quente no verão dificultando ao turista a visita da cidade nesta altura do ano.
Mas relaxe, compre uma garrafa de água e aproveite para se refrescar nas variadíssimas fontes espalhadas pela cidade.
Algumas são bastante conhecidas e outras nem tanto, mas uma coisa é certa se decidir sentar-se na beira de uma e aproveitar para se refrescar ninguém lhe vai dizer que não pode (só se decidir ir para dentro da fonte, aí pode ter alguns problemas com a policia).
Das dezenas de fontes existentes destacamos de seguida as mais importantes e mais históricas.

Começamos pela Fontana di Trevi.


Encontra-la não é fácil já que se encontra no meio de várias ruas bastante estreitas mas se fizer o percurso a pé é fácil ouvir o barulho da água e das pessoas.
A partir da Piazza Venezia são cerca de 5 minutos a pé.
Quando chegar lá não se admire se não conseguir encontrar sitio para se sentar.
Fica numa praça bastante recôndita e a fonte é de grandes dimensões (25.9 metros de altura e 19.8 metros de largura), sendo no entanto um local perfeito e bastante fresco para relaxar.
É nesta fonte que o turista atira uma moeda para a água.
Reza a lenda que se atirar uma moeda com a mão direita sobre o ombro esquerdo o seu regresso a Roma está garantido.
Com esta brincadeira todas as semanas são recolhidos mais de 3000€ que posteriormente são usados para ajudar os romanos mais carenciados.
Mas não se admire se enquanto estiver na fonte vir pessoas de bengalas de metal com imans na ponta a apanhar moedas da fonte.

Outra fonte que não pode deixar de tirar foto está na Piazza Navona, a Fonte dos Quatro Rios.
Foi criada por Bernini, um dos artistas preferidos do Vaticano.




Nesta fonte estão retratados o Rio Nilo (África), o Ganges (Ásia), Danúbio (Europa) e o Rio de Prata (América).


Nesta praça existem duas outras fontes mas esta é a mais conhecida.

Reza a história que as figuras que retratam os rios evitam o olhar para a sua frente e que algumas têm uma expressão de desprezo já que à sua frente se encontra a Igreja Santa Agnese que foi desenhada por um rival de Bernini.

Continuando com a obra de Bernini dirija-se ate à Piazza del Popolo (Praça do Povo) que fica a 10 minutos a pé da Escadaria da Piazza di Spagna (pela Via del Corso) e mesmo em frente á igreja de Santa Maria del Popolo encontra a Fonte dos Leões.
Nesta fonte podem ser visto 4 leões que brotam água pela boca.
No centro da praça existe um obelisco que o Imperador Augustus trouxe para Roma que completa a fonte.


Ao lado desta fonte nesta mesma praça encontra-se Fontana della Dea Roma onde se vê a deusa Roma armada com uma lança e um capacete, é acompanhada pelas estátuas de Tibre e de Aniente e pela loba que alimenta os gémeos Rômulo e Remulo.

A Piazza del Popolo é hoje mais um sitio para relaxar e apreciar o estilo de vida dos romanos.
Mas já foi em tempos a porta de entrada em Roma para os visitantes de outras paragens, pois muitos caminhos da cidade, como ainda hoje acontece, vinham dar aqui.
As duas igrejas romanas muito famosas e quase gémeas ficam nesta praça.
A S. Maria di Montesanto (esquerda) e a S. Maria dei Miracoli (direita) foram desenhadas por Carlo Rainaldi mas devido ás dimensões as torres do topo da igreja não puderam ser iguais.


Experimente andar num dos muitos autocarros que partem daqui e só têm 6 lugares sentados, pois necessitam ser pequenos para entrar nas vielas romanas.

A Piazza de Spagna é outro local que não pode falhar quando visitar Roma.
É mundialmente conhecida por ser na sua escadaria que anualmente se realiza a Moda Roma e deve o seu nome á localização da embaixada espanhola que aqui se encontra.
É um dos locais mais famosos e visitados de Roma.
Também por isso outra fonte que destacamos encontra-se no fundo da Escadaria da Piazza de Spagna e chama-se Fontana della Barcaccia.
Tem a forma de um barco a afundar-se.


Foi construída pelo pai de Bernini e segundo a lenda serve para recordar uma barca que o Rio Tibre trouxe até aqui quando transbordou no século XVI.


Compras

Se gosta de faxer compras veio á cidade certa.
Os italianos por tradição são muito consumistas.
Ah quem diga que eles só vivem para trabalhar, comer e comprar.
Em redor desse ideal existem muitos locais que lhes permitem abastecer-se diariamente.
Se procura exclusividade, então vai até á Piazza di Spagna e desça a Via Condotti.
Encontrara, nesta rua muito movimentada, classe para todos os bolsos e gostos.



Lojas como Dolce&Gabbana, Gucci, Prada, La Perla, Giorgio Armani, Dior entres outros tem aqui a sua sede.


Se percorrer esta rua até ao final chegara a Via del Corso, uma rua comercial tipicamente europeia, onde só circulam os transportes públicos e é possível comer, vestir ou comprar diversas marcas mais acessivéis como Zara, Diesel ou Benetton.
Um pouco mais afastada daqui está a Via Veneto, símbolo da Dolce Vita Romana e sede dos melhores hotéis da cidade.
É aqui que tem de ir para comprar um Rolex.

Os mercados também ocupam o seu lugar em Roma.
Um dos mais conhecido é Campo di Fiori.


Acontece diariamente na praça com o mesmo nome.
Neste mercado, como diz o nome, o produto principal são flores mas também pode comprar produtos alimentares ou outro tipo de coisas.
Aqui exitem diversas bancas que vendem os ingredientes que compõem os famosos molhos italianos, por sinal a preços bastante acessíveis (entre os 2€) pode trazer para casa uma parte do segredo da comida italiana.
O mercado dura até por volta das 13h30, hora que os comerciantes começam a arrumar as bancas e a rua começa a ser limpa.
Nesta praça encontra também vários emigrantes que vendem as famosas falsificações de grandes marcas internacionais, desde malas, carteiras, relógios, etc.
São excelentes copias e não se esqueça de regatear o preço. Não se admire porém que quando esteja a fazer negócio, o vendedor desapareça misteriosamente.
È sinal que os Caribinieri se aproximam.
Após a hora de almoço a praça fica um local calmo onde pode relaxar numa das várias esplanadas e quiçá, se assim o quiser, jogar um pouco de futebol com os miúdos que aí se concentram a meio da tarde.
Á noite é mesmo o lugar ideal para tomar um Cappuccino.

Outro mercado romano conhecido é o de Porta Portese.
Apanhe um autocarro em direcção ao Largo Argentina e aí apanhe uma espécie metro à superfície e saia na Via Portuense.
Este mercado realiza-se todos os domingos de manhã. A hora ideal será chegar antes das 9horas onde a confusão não é tão grande e assim encontra os melhores produtos. Termina por volta das 13h.
Aqui vai encontrar desde produtos novos, falsificações, produtos em 2ª mão e antiquidades. Durante a II Guerra Mundial este local era conhecido como o mercado negro.
Facilmente comparável com a nossa Feira da Ladra ou da Vandoma.
Tenha bastante cuidado com a carteira já que como é um local bastante turístico existem vários carteiristas.


Fique com o Mapa do centro da cidade que lhe permite situar os locais a visitar.

2 comentários:

Barbara disse...

Il foivam gion haceia seus sermas fu yornanza... Esse, ne como bel porten weendo zentarou potter! Ardeus, ja guas hissivenes que manhes voc inseguia mas, em.

Anónimo disse...

Parabens pelo post, mas tenho só que fazer uma correcção. Quem a guarda suiça está a cumprimentar não é o cardeal Dom José Policarpo mas sim o Cardeal Dom José Saraiva Martins, até há bem pouco tempo o Perfeito da Congregação para a Causa dos Santos.
Um abraço