quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Bagagem Perdida, Extraviada ou Danificada

Sempre que nos preparamos para viajar de avião uma das coisas que temos no pensamento é o peso da mala que nos vai acompanhar.

Pois bem...neste texto vamos falar não sobre essa preocupação constante e imediata antes de cada viagem (essa resolve-se com uns euros a mais em caso de excesso de peso) mas na outra preocupação, bastante mais grave, que é perder a mala ou vê-la no tapete rolante sem uma alça ou mesmo rebentada.


Quem viaja de avião ou quem fica para ver o avião partir já deve ter reparado na forma como as nossas bagagens são tratadas nos aeroportos... sem palavras.
Poucos são os serviços de "handling" que tratam bem as nossas coisas (uma das excepções é o aeroporto de Marselha, que tem excelentes funcionários) e na maior parte das vezes é ver-nos a rezar para que elas cheguem salvas ao destino.



Sendo assim achamos pertinente relatar um acontecimento pessoal e que achamos que poderá ser-lhe útil numa situação semelhante.
Nenhum de nós "ambiciona" perder uma mala à chegada, depois de umas férias bem passadas, ou pior ainda perder uma mala no primeiro dia de férias.
Mas se isso acontecer saiba o que deve fazer para minimizar e ultrapassar o prejuízo.

A Ryanair, dizem as estatísticas, é a companhia "low cost" favorita dos portugueses. Mas ainda assim assusta muita gente que não entende como se pode voar para uma qualquer cidade europeia ao preço de um jantar.
Ora, com esse preconceito em mente, muitas pessoas preferem pagar algo mais e "ter" a certeza que vão receber um serviço melhor.

Preferências à parte, as estatisticas dizem também que não é pelo bilhete ser mais caro que vamos ser melhor atendidos (a TAP é a companhia a operar em Portugal que mais malas perde).
Basta ver a fila de reclamações da companhia portuguesa na Zona de Perdidos e Achados... e a quantidade de malas sem "dono" que ocupam essa mesma área e teimam em amontoar.

Quem viaja em companhias "low cost" sabe que no momento da compra do bilhete através do site da respectiva companhia é-lhe proposta a opção de adquirir um seguro de viagem, que muitos de nós não compramos porque é um valor considerável (ronda os 15/20€ e que por vezes corresponde a 50% do valor final do bilhete).


Ora se saltou esta opção e não comprou nenhum seguro de viagem, não se preocupe.
Isto é só uma forma das companhias ganharem mais algum dinheiro no bilhete e por lei estamos sempre abrangidos por um seguro, e mesmo que aconteça algo estamos sempre segurados independentemente de não termos pago esse dito valor.

O que muitas vezes acontece é que quando a mala nos aparece deteriorada (geralmente se ela pura e simplesmente não aparece, reclamamos sempre) pensamos que não temos direito a reclamar pois não pagamos seguro.
Engana-se. Se isto lhe acontecer dirija-se à secção de Perdidos e Achados do Aeroporto e apresente a sua reclamação.

Se viajou pela Ryanair saiba que vai ver o seu problema resolvido sem demoras. Só tem de preencher o formulário na secção de Perdidos e Achados, especificar os detalhes de voo e escolher entre uma mala nova ou o valor que lhe propuserem pelos danos.

A nossa sugestão é que a escolha a mala pois todas as companhias colocam sempre entraves na libertação de dinheiro.

Se escolher a mala só terá de enviar um fax para a companhia e no espaço de 2 semanas receberá em sua casa uma mala nova a estrear.
A boa noticía é que nos oferecem malas até 3 vezes maiores do que as que perdemos (até 100L de espaço) e nem é preciso que a mala tenha ficado completamente estragada. Um rasgar de alças pode muito bem ser suficiente para ter direito a uma nova.

Se isso lhe acontecer saiba que o melhor a fazer é manter a calma, reclamar e esperar, pois tudo acabará melhor do que começou.
Se tiver alguma dúvida adicional já sabe que nos pode enviar um mail com qualquer questão. Não perca ainda aqui as próximas dicas sobre Barcelona, a Capital da Catalunha.


Boa Viagem

domingo, 23 de dezembro de 2007

O que Ver em Veneza


Veneza é das cidades mais fantásticas que se pode conhecer e seria optimo se todos pudessemos visitá-la pelo menos uma vez na vida.
O que vamos descrever abaixo não é tanto os locais que tem de visitar, mas tão pouco os locais que vai acabar por encontrar.





Se tivessemos de escolher todos os sitios que valem a pena conhecer na ilha não seria possível descreve-los em tão pouco texto.
Fique então com uma pequena descrição de alguns locais de excelência da maravilha italiana.






Veneza é uma cidade que pede para se perder nas ruas , seguir as pessoas, comprar souvenirs, comer bem, desfrutar da paisagem...
Claro está que existem pontos fulcrais que não pode perder tais como a Ponte do Rialto, a Praça de São Marcos, o Palácio dos Doges e o Grande Canal.

Mas isso são coisas que são impossíveis de perder.

Todas as ruas têm indicações para o Rialto e para São Marcos, tal como a fotografia demonstra.
É muito fácil percorrer as labirínticas ruas da Serenissíma e chegar aos sitios mais afamados..um pouco como "todos os caminhos vão dar a Roma", em Veneza todos os caminhos vão dar ao Rialto ou a S.Marcos.


As ruas talvez por serem pequenas ou como reflexo dos milhões de visitantes que Veneza recebe por ano estão quase sempre apinhadas de gente e nem sempre é fácil voltar a um local onde vimos algo especifico à venda ou algo que nos fez dilatar as pupilas.

A nossa recomendação é que compre de imediato aquele objecto que o maravilhou pois apesar de não ser uma cidade grande é também algo confusa e pode não voltar a encontrar aquela ruinha onde tinha algo que quis comprar mas pensou que podia fazê-lo mais tarde.
Tirando os locais de culto e reconhecidos como atracções principais, todos os outros locais podem ser dificeis de revisitar a não ser que tenha uma memória de elefante e um gps no bolso.


Ao contrário do que os guias dizem Veneza não é uma cidade cara, antes pelo contrario, por isso vá preparado para comprar souvenirs fantásticos a preços muitas vezes reduzidos.







Uma máscara veneziana pode rondar os 20€ numa banca de rua.





Claro que se quiser uma máscara especifica ou “diferente” então tem de comprar numa loja especializada, como a Ca' del Sol ou a Bottega dei Mascareri (mesmo no centro do mercado do Rialto) que fizeram máscaras para o filme Eyes Wide Shut e outros filmes de Hollywood cujos preços ascendem os 80€.

Mais cara ou mais barata, compre..É uma excelente recordação e marca da cidade, um souvenir bastante popular e pode tão cedo não voltar a Veneza. Se acabar por não comprar vai certamente mais tarde arrepender-se.

Vá por onde for é uma questão de tempo até encontrar o Grande Canal.


O Grande Canal circunda toda a ilha de Veneza mas é atravessado por apenas 3 pontes: a Rialto, a Accademia e a degli Scalzi, e está uma quarta a ser construída logo à saída da Ferrovia de Santa Lucia que a liga directamente à Piazzale de Roma - A Ponte di Calatrava.

Depois claro que existem centenas de pontes minúsculas que atravessam os pequenos canais que banham a ilha.

O Grande Canal, a “auto-estrada” veneziana, é mesmo muito grande, tem cerca de 4km de comprimento, cerca de 70metros de largura e aproximadamente 4,50m de profundidade sendo apenas um dos 177 canais que atravessa a cidade. Começa na Piazzale de Roma e termina na Piazza de San Marco.


Serpenteando pela cidade, nas suas margens podemos ver elegantes palácios, luxuosas gôndolas, ferries, lanchas-taxi, barcos da policia, barcaças com os produtos frescos do dia a navegar pelas águas nem sempre calmas do Grande Canal.

A meio do trajecto do Grande Canal vai encontrar a mais famosa das pontes venezianas, a ponte do Rialto.


A ponte do Rialto é o um dos "ex-libris" da cidade. Tem 28 metros de comprimento, 8metros de altura e foi construída em 1588. Os principais arquitectos do século XVI Miguel Ângelo, Sansovino e Palladio entraram em concurso público para a construção desta ponte. Todos eles perderam para António da Ponte.
Neste local anteriormente existiam 2 pontes, uma de madeira que ruiu pelo excesso de peso e mais tarde uma ponte levadiça que se abria para a passagem de barcos à vela com grandes mastros.


A ponte degli Scalzi, provavelmente a primeira ponte que verá se chegar de comboio à cidade, tem 40 metros de comprimento, está elevada a 7 metros de altura e foi construída em 1934 em pedra como objectivo de substituir uma ponte de ferro austríaca.

A ponte dell Accademia, a famosa ponte de madeira, foi construída em 1932 e foi considerada uma ponte temporária até que uma estrutura mais substancial fosse construída. Manteve-se até hoje a pedido dos habitantes.


A quarta ponte ainda a ser construída é a Calatrava que liga a Piazzale de Roma à estação de caminhos de ferro da cidade: Santa Lucia.

Uma outra ponte, famossissima pela sua história, não atravessa o Grande Canal mas toda a gente a quer fotografar.
Falamos de Ponte dos Suspiros.


Pode atravessa-la quando visitar o Palácio dos Doges e era por esta travessia que outrora os presos passavam das prisões adjacentes ao Palácio para o local da sua execução.
Reza a história que o seu nome deve-se aos suspiros que os presos davam quando viam pela última vez o céu e o mar de Veneza.


A atracção principal de Veneza é sem dúvida a Piazza de San Marcos.
Uma das mais bonitas e requintadas praças europeias de gigantesco movimento e concentração de pessoas.

É aqui que vai encontrar a Basílica, o Campanilo, o Palácio dos Doges, a Torre dell'Orologio, as Colunas de San Marco e San Teodoro, a Procuratie Vecchiae e Nuove, a Piazzeta, o Cafe Florian (conhecido por ser o primeiro café da Europa) e onde pode sempre comprar uma saca de milho por 1€ e alimentar os pombos, para tirar aquela foto turistica frequente.


A Basílica de San Marcos é um magnificente edifício bizantino que domina a Praça e foi construído para mostrar o poder da República Veneziana e para guardar o túmulo de São Marcos. Sendo utilizada como a capela do Doge, realizaram-se aqui coroações, enterros e procissões, luxuosamente emoldurados por mais de 4000 metros quadrados de mosaicos, tesouros orientais e 500 colunas que remontam ao século III.

Prepare-se pois irá deparar-se com uma fila gigante para entrar e depois ser barrado à entrada pois não se pode entrar com mochilas e sacos na Igreja. Antes de se colocar na fila veja o mapa que se encontra no início da fila onde pode guardar os seus pertences. Preste também atenção à indumentária pois pernas e ombros à mostra não entram.

Se não quiser perder tempo na fila e se não viaja sozinho então entre à socapa e passe à frente de toda a gente. Deixe alguém de guarda com as mochilas e entre na Igreja como se já tivesse estado na fila e tivesse ido guardar os sacos. Existe uma entrada especial paralela à fila principal que não tem fila.
Não é muito bonito mas pode ser necessário.

Confira aqui os horários pois variam conforme a altura do ano e o preço das visitas ( a visita somente à Basílica é gratuita).


Dentro da Basílica pode ainda ver, na fachada ocidental (exterior) uma sucessão de cúpulas, arcos, colunas, estátuas de mármore e azulejos que data desde o século XIII e ainda o magnífico altar com jóias incrustadas feito em Constantinopla em 976 (e que entretanto já sofreu aumentos), conhecido como Pala d’Oro.
Olhe para cima e admire a Cúpula de Pentecostes onde os mosaicos ilustram a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Diz-se que foi a primeira cúpula a ser ornamentada com mosaicos.
Pago à parte visite o Tesouro, onde pode ver obras desde os tempos medievais e onde poderá ver pedaços da Cruz de Cristo.









A imagem do Café Florian, o primeiro café da Europa e um dos mais requintados cafés em todo o mundo.







Outro local que tem de visitar e disfrutar das vistas que oferece é o Campanilo ou a Torre dos Sinos.
Encontra-se também na praça de São Marcos (em frente à Basílica) e é impossível não ver pois é o edifício mais alto da ilha, tem 98,6metros de altura.

Outrora um farol, salão de tortura e torre de vigia foi construída em 1514, porém o edifício que presentemente subimos é uma reconstrução, pois a original caiu em 1902 após o grande terramoto que abalou Veneza.

Prepare-se também para uma fila enorme para entrar e não se preocupe pois a subida faz-se num elevador até ao topo. A entrada custa 6€ e pode ficar o tempo que quiser no interior.
45 minutos chegarão para se fartar mas é visita obrigatória dada a paisagem que oferece.

Em baixo uma foto tirada do topo a provar que vale a pena a fila de espera.



Se a foto não o convenceu..então veja o vídeo...



Se quer visitar museus então dirija-se ao Palácio dos Doges que tem para si um cartão que vale 13€ (San Marco Plus) e que lhe permite a entrada num museu situado na Praça de São Marcos tal como o Palácio e um outro à sua escolha.
Atenção que se quiser uma visita guiada no Palazzo Ducale terá de pedir a visita com cerca de 1 semana de antecedência senão nada feito. Faça-o online.



A nossa sugestão, caso queira visitar o Palácio dos Doges é comprar o bilhete na véspera pois não terá de enfrentar a fila para entrar.

O Palacio dos Doges é uma construção que combina os estilos bizantino, gótico e renascentista e foi a casa oficial de 120 doges que governaram Veneza de 697 a 1797.
O Doge era uma espécie de Presidente da cidade que regulava os valores e morais dos habitantes venezianos. Foi também neste palácio que o famoso Casanova esteve preso. É possível visitar a cela onde a famosa personagem esteve "hospedado".


A Torre dell'Orologio fica do lado esquerdo quando de frente para a Basílica.
Esta torre de relógio tem duas figuras de bronze que dão as horas. No dia de Reis e da Ascensão em cada hora surgem as figuras dos três Reis Magos liderados por um Anjo. Reza a lenda que os artifícies desta obra foram cegados para que não a pudessem repetir.


Na direcção ao Palácio dos Doges, em frente ao Grand Canal irá encontrar 2 grandes colunas de granito em homenagem aos dois grandes patronos de Veneza: San Teodoro e San Marco. No topo destas duas colunas uma tem representada o leão de São Marco e a outra a imagem de São Teodoro.
Era neste local que eram feitas as execuções.


O Mercado de Rialto continua tão movimentado como antigamente. Há registos deste mercado desde 1097. A zona é também o coração histórico da cidade e os seus edifícios datam do século XVI devido ao grande incêndio no Rialto em 1514. No carnaval os donos das bancas competem com os seus trajes medievais e somente os novos toldos e as máquinas electrónicas denunciam a era moderrna.
Acontece todos os dias e prepare-se para se deliciar com as refrescantes bancas de fruta que quase o “obrigam” a consumir.


Aqui pode também comprar os souvenirs para levar para casa, comprar produtos frescos ou simplesmente sentir a aura veneziana.
Tenha é bastante cuidado com os seus pertences pois as ruas são bastante estreitas e não existe 1cm2 inocupado.


Se gosta de visitar museus então a nossa sugestão leva-o até ao Museu de Peggy Guggenheim.
Contem obras de cerca de 200 artistas contemporâneos desde o Cubismo, o Futurismo e o Surrealismo.

Esta colecção encontra-se no Pallazzo Venier dei Leoni, conhecido como o palácio inacabado pois a sua construção não passou do rés-do-chão. Para alem das obras de arte poderá passear pelo jardim e conhecer a casa de Peggy.
A forma mais pratica de chegar a este museu é através do vaporetto que tem paragem mesmo à porta mas se preferir atravesse a Ponte da Accademia e fica numa das ruínhas. (esperamos que entendam a nossa dificuldade em dar direcções mas de facto é bastante complicado dar uma localização exacta dos sítios pois muitas das vezes encontrávamos os locais por mero acaso ao deambular pelas vielas venezianas)


Destacamos ainda a ilha e a Igreja com o mesmo nome de San Giorgio Maggiore (talvez reconheça a imagem de alguma loja de marca nos centros comerciais portugueses), a igreja Santa Maria della Salute, a igreja Santa Maria Gloriosa dei Frari e San Patoleon.
A Igreja de San Giorgio Maggiore fica na Ilha de S.Giorgio Maggiore, mesmo em frente à Piazza de San Marco.
Aqui dentro irá encontrar dois quadros de Tintoretto, A Última Ceia e A Recolha de Maná e do alto do campanário pode desfrutar de belas vistas sobre a ilha de Veneza.
É também possível subir ao topo da sua torre por cerca de 5€.

A Igreja de Santa Maria della Salute é uma construção barroca que domina a entrada mais a sul para o Grande Canal. Mais uma vez aqui pode apreciar obras de Tintoretto e de Ticiano.


Santa Maria Gloriosa dei Frari fica na Ilha de Veneza, na zona de San Pólo, demorou 100 anos a ser construída e o altar demorou mais de 26 anos a ser terminado.
Aqui poderá visitar túmulos dos Doges e de artistas e ver inestimáveis tesouros artísticos.

Finalmente a última igreja que destacamos é a de San Patoleon onde poderá ver um prego da Cruz de Cristo.

Se quiser fazer uma pausa à sua viagem cultural ou acha que está demasiado calor para andar nas ruas de Veneza então meta-se num Vaporetto e passe um dia na ilha do Lido.


Conhecida como sendo o local onde todos os anos acontece o famoso Venice Film Festival é aqui onde os veraneantes decidem refrescar-se na frescura das águas do Mar Adriático, na zona das praias de Veneza.
Verá que vale bem a pena...

E quem nunca ouviu falar do vidro de Murano? Pois bem, fique a saber que está apenas a um vaporetto de distância de ver como se fazem as belas obras de arte em vidro ao vivo e a cores.



Embarque para a Ilha de murano e passe um belo dia visitando as fábricas e comprando esta arte milenar em vidro.





Antes de irmos recebemos várias opiniões sobre a cidade e ficamos algo espantados com relatos de ser uma cidade suja e de odor dificil.
A nível de cheiros só irá sentir aquele odor desagradável no momento em que é feita a recolha do lixo (e isso cheira mal em qualquer cidade do mundo) para além de que é momentâneo e precisa de ter muito azar para encontrar o barco do lixo. Os canais apesar de por vezes terem lixo a boiar e ser provável, embora não visível, a existência de ratos, que cidade não os terá?!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Nova rota Porto-Bruxelas



Enquanto preparamos o assalto final a Veneza e desenvolvemos o dificílimo "post" sobre o que ver em Veneza, nesta sempre difícil e ocupante altura do Natal e preparamos as novas dicas que traremos sobre Barcelona, aguçamos aqui o apetite dos nossos leitores.

A Ryanair enquanto discute a criação duma base no aeroporto do Porto vai lançando algumas teias para tentar tecer o negócio.
E o resultado está à vista..uma nova ligação desde a cidade do norte do país para a capital belga, Bruxelas.
A partir de agora estamos mais perto da cidade mãe da Comunidade Europeia e ao mesmo tempo à distância de um comboio e pouco mais de 30€ desde Bruxelas a Amsterdão.
Até aqui era possível viajar a custos razoáveis (cerca de 50€ por trajecto já com taxas) pela Brussels Airlines de Lisboa para Bruxelas.

A partir do próximo dia 5 de Março de 2008 os voos terão lugar 4 vezes por semana (Domingos,Segundas,Quartas e Sextas) a partir de 14.99€ por trajecto já com taxas incluídas.
O aeroporto de destino é o Aeroporto de Charleroi, o aeroporto da cidade de Charleroi a 8km do centro e a 46Km de Bruxelas.
Conheça ainda no mapa abaixo as restantes ligações Ryanair desde o Aeroporto de Charleroi.


Também como já aqui anunciado, inicia-se hoje a Rota Porto-Milão (Orio al Serio), Bergamo.
O preço base rondará os 30€ já com taxas e o aeroporto localiza-se a 45Km de Milão, e tem uma ligação directa de camioneta por cerca de 7€ para a cidade italiana.

Para quem quiser visitar a Escócia desde o nosso País, terá mais uma oportunidade para fazê-lo desde Faro a partir de 22 de Abril, com 3 ligações semanais (Terças, Quintas e Sábados) com preço base de 23.99£ (cerca de 34.50€) por trajecto já com taxas incluídas.
Quem oferece é a Easyjet.


São já 14 as rotas da companhia irlandesa que ligam o Porto à Europa e fala-se que o número pode aumentar para mais de 21, se o Aeroporto Francisco Sá Carneiro se tornar um "hub" da Ryanair.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Concurso "O Que ver em Paris"

Não, não ficamos sem matéria para publicar e não, não endoidecemos.
Estamos a "re-publicar" este tema sobre o que ver em Paris pois é com este "post" que nos vamos candidatar ao prémio de 1000 euros, (sim 1000€, o maior valor de sempre oferecido por um bloguista) que o blog do Custódio, autor do super visitado blog sobre como ganhar dinheiro na Internet, dinheiroOportunidade.com, está a oferecer.
Escolhemos este "post" porque achamos ser um dos melhores publicados no nosso blog (até pelo feedback que temos dos nossos leitores) e esperamos que seja o vencedor.

Todas as pessoas que possuam um blog podem candidatar-se e saber mais, aqui no blog do Custódio.
Boa Sorte a Todos.




Ir a Paris significa visitar a incontornável Torre Eiffel e a famosíssima Mona Lisa patente no Museu do Louvre. Mas Paris não é só estes dois marcos.
Paris é uma cidade carregada de cultura e de locais que pode visitar, independentemente do tipo de pessoa que é.
Dê corda aos seus sapatos e venha connosco conhecer os locais mais importantes e mais belos da Cidade das Luzes.

Monumentos


Uma vez em Paris, tente que a sua primeira paragem seja na Torre Eiffel.
Mandada construir para a exposição mundial de 1889, com planos para posteriormente ser demolida, tornou-se no cartão de visita de Paris, volvidos mais de cem anos desde a sua construção.

Apanhe o metro e saia na estação Bir-Hakeim (desça as escadas e à saída da estação verá de imediato a torre). Se por acaso optar pelo trajecto a pé, siga a margem do Rio Sena e facilmente a encontrará.


Quando optar pela subida à torre prefira um dia solarengo, (se possível) já que caso as condições atmosféricas não sejam as melhores, o terceiro andar da torre pode ser fechado ao público.
Vá cedo, se possível 1 hora antes da abertura da torre de modo a evitar as terríveis filas de espera para comprar o bilhete. Veja aqui o horário.
As bilheteiras são três, situadas por baixo de cada pilar. Apesar da existência de 4 pilares um deles é exclusivo a clientes do chiquíssimo restaurante Julio Verne situado no 2º andar da Torre.
Há relatos de pessoas que fazem uma reserva para o restaurante, entram por esse elevador com uma prova dessa reserva e uma vez no segundo piso nem entram no restaurante, só para evitar as filas!
Se for um desportista com bastante energia suba as escadas até ao segundo piso. Apenas pagará 4€.
Se no entanto preferir existe sempre a opção elevador. É uma opção mais cara mas mais convencional.
Não se confunda quando chegar à bilheteira e vir vários preços expostos. Fique a saber que o bilhete para o terceiro piso apenas é vendido no 2º andar, ou seja cá em baixo apenas comprará entrada para o 1º ou 2º piso (ambos com tarifas diferentes).
Só e apenas lá em cima é que é possível adquirir o bilhete para o último andar. Consulte aqui os preços e tarifas especiais para jovens e grupos.

Outro marco conhecido de Paris é o Arco do Triunfo. Saia na estação de metro Charles de Gaulle - Étoile.


Foi inaugurado em 1836 e foi mandado construir de forma a enaltecer as vitórias de Napoleão. Tem gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais.


Na sua base situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, construído em 1920.


Não tente atravessar a rotunda dos Champs-Elisées que para além de ser proibido é muito perigoso. Devido aos inúmeros acidentes que aqui aconteceram foi mandado construir um túnel próprio para a passagem dos turistas para visitarem o Arco do Triunfo.
Encontra-lo-a à saída do metro.


Pode também subir ao topo do Arco do Triunfo para apreciar as vistas e visitar o Museu inserido dentro do Monumento.
Custa 8€ a subida até ao topo mas para quem já subiu ou pretende subir a Torre Eiffel guarde esse dinheiro e gaste em souvenirs.
Desça o Arco do Triunfo e encontra-se na avenida mais conhecida de Paris e das mais caras do mundo.
Estamos a falar das Champs-Elysées.


Delicie-se com as montras e no caso de possuir uma carteira recheada de notas faça umas compras, quiçá comprar um modelo exclusivo da Peugeot, uma mala espampanante da Louis Vuitton, jantar numa das várias esplanadas e terminar a noite num show no Lido de Paris.
Se este não é o seu perfil então disfrute apenas das montras, coma na luxosa Mcdonalds e faça a digestão caminhando até ao fundo dos Campos Elíseos. Chegara assim facilmente à Place de La Concorde.
Antigamente era possível encontrar aqui uma guilhotina onde foram cortadas as cabeças a mais de mil pessoas entre elas Luis XVI e Maria Antonieta.
Tire uma foto, atravesse a rua e vá alimentar os patos e pombos no Jardim das Tulharias.
Esqueça uma sombra ou sentar-se na relva. Não existem sombras e é proibido calcar a relva. Se tiver sorte encontrara umas cadeiras livres em frente ao lago.

Museus

Já mais descansado e com energias recuperadas encontra-se a 5 minutos a pé do Museu do Louvre. Ir a Paris e não ir ao Louvre é a mesma coisa que ir a Roma e não ver o Papa. Seja bem vindo ao maior museu do Mundo.



Originalmente construído como um castelo no século XIII, no século XVI tornou-se na residência oficial dos monarcas franceses. Napoleão também residiu aqui e claro está no pátio do museu encontra mais um arco, du Carousel, que também serviu para enaltecer as suas vitórias.
Para além de ser conhecido como a casa da Mona Lisa também ficou conhecido após a controversa decisão do ex-Presidente da Republica François Miterrand de mandar construir as famosas pirâmides que permitiram uma maior entrada de modo a que as intensas filas de espera se tornassem mais diminutas.

Existem várias tarifas de entrada no Louvre sendo que as entradas são mais baratas a partir das 18h. Mas se gosta mesmo de arte e de contemplar com calma as peças artísticas reserve um dia inteiro para visitar o museu. Fique a saber que jovens com menos de 25 anos todas as 6ª não pagam entrada no Louvre a partir das 18horas. Dirija-se à famosíssima pirâmide e siga a fila de entrada.
Após a entrada e o controle intensivo de segurança irá chegar a uma espécie de centro comercial subterrâneo. Estude bem os mapas oferecidos nas inúmeras línguas disponíveis e decida qual a Ala por onde vai começar a sua visita.
Só nesse momento é que pagará a entrada no Museu.
Se viu ou leu o Codigo Da Vinci reconhecera de imediato a Pirâmide Invertida.

Se continua com vontade de ver museus entao sugerimos o Museu d'Orsay.
Saia na estação de RER com o mesmo nome ou saia na estação de metro Solférino e entra numa verdadeira estação artística. Após ter servido vários propósitos e em 1978 ter sido declarado um monumento histórico, em 1986 foi finalmente declarado como um Museu que abriu as portas ao público a 8 de Dezembro desse mesmo ano.
Nele podemos ver várias obras de arte provenientes de diversos museus e que datam entre os anos 1848 e 1914. Os preços variam entre os 7 e os 10€, consulte aqui os horários, tarifas e formas de chegar.

Outro museu que não pode perder é o Pompidou. Considerado por muitos parisienses como uma vergonha, a arquitectura do Museu Pompidou nunca agradou aos habitantes locais já que é caratcterizado por uma arquitectura pós-moderna onde as tubagens que supostamente deveriam estar tapadas do público encontram-se todas à mostra. Têm várias várias cores e cada um representa tubos ar condicionado, água, etc.
É um edifício que é facilmente visto no topo da Torre Eiffel já que se destaca no meio da cidade.
O centro alberga o museu, teatro e cinema. Veja aqui os horários e preços de entrada. A saída de metro é a de Chatellet Les Halles.
À saída do metro basta seguir as placas indicativas e facilmente o encontra. Pelo caminho, se sentir necessidade, aproveite para matar saudades de um latte do Starbucks que também aqui se encontram sucursais.

Foi em Paris, a cidade do amor, que a Princesa Diana perdeu a vida. Se quer seguir os últimos passos da princesa entao dirija-se até à Place Vendome. Nesta praça encontramos o Ritz onde Diana e seu namorado estiveram hospedados.
No centro desta praça existe um outro obelisco, uma vez mais, mandado erigir por Napoleão para celebrar as suas vitórias.
Esta é a praça mais chique de Paris onde pode encontrar lojas da Chanel, Cartier e outras lojas de estilistas.
Fica a norte do Jardim das Tulharias e é um pouco complicada de encontrar. Saia na estação de metro das Tulleries ou de Madeleine. Terá de ter paciência e perguntar aos locais as direcções. Não se esqueça de treinar o francês.

O famoso túnel onde a princesa perdeu a vida não fica muito longe.
Mesmo à saída da estação de metro Pont de L'Alma, verá um pequeno monumento em forma de chama onde vários turistas deixam as suas dedicatórias à Princesa do Povo. Engane-se se pensa que este é um monumento em honra da princesa. Este já existia anteriormente ao factidico acidente mas que agora foi transformado como uma comemoração à vida de Diana.



Já que está por estes lados atravesse a Pont de L'Alma, a mais antiga de Paris, e passeie pelas margens do Sena até chegar a Torre Eiffel.
Aproveite para tirar magnificas fotos.

Nas escadararias em frente à torre pode encontrar várias companhias que oferecem um passeio de cerca de 1 hora pelo Rio Sena. Opte pelas companhias que se encontram do lado direito (se estiver voltado de costas para a torre) já que praticam preços mais apelativos e de igual qualidade às que se encontram do seu lado esquerdo, que chegam a ser bastante mais caras.
A nossa sugestão recai sobre a companhia Bateaux Parisiens. Bons preços e óptimos guias. Faça um belo sorriso antes de entrar para o barco porque depois pode adquirir a foto que lhe vão tirar.


Prefira a hora do crepúsculo já que não há nada de mais romântico do que acompanhar o pôr-do-sol parisiense a bordo de um barco no Rio Sena e com uma banda sonora fantástica de fundo.

Igrejas


Quem já viu um mapa da cidade de Paris já deve ter reparado que existem duas ilhas no meio do Rio Sena, a Ile de la Cité e a Ile de St Louis. A mais importante, na nossa opinião, é a Ile de la cité onde se encontra a catedral de Notre Dame.


Construída no século XII em honra de Maria. Com estilo gótico ao longo dos tempos foi sofrendo várias alterações conforme os estilos predominantes na altura. Daí que ao olhar para a catedral veja vários géneros arquitectónicos misturados. No seu interior encontra um dos maiores orgãos musicais do mundo, dos quais 32 tubos ainda são os originais do século XIV. No exterior da catedral, na praça Parvis encontra uma placa de bronze que é o Ponto Zero a partir do qual todas as distâncias das estradas francesas são calculadas.
Foi esta catedral que inspirou Vitor Hugo a escrever o seu clássico Corcunda de Notre Dame.
A entrada na catedral é gratuita mas se quiser ter uma visita audio guiada basta adquirir um aparelho electrónico na entrada por 5€. Existem várias idiomas disponíveis.
Se quiser pode também subir as torres da catedral. Basta seguir a fila de pessoas à espera. Os preços variam. Consulte aqui os horários e as várias opções de visita disponíveis e tarifários.

Quem viu o filme ou leu Código daVinci de Dan Brown deve recordar-se da Igreja de Saint Sulpice e da famosa linha da Rosa que cruza a igreja. De facto existe uma linha que a atravessa e que termina numa placa no chão (que Silas quebra e encontra uma transcrição da Bíblia).





Segundo o guia da Igreja tudo que está escrito no livro em relação à linha e ao seu sentido é mentira. Nem sequer nunca foi o primeiro meridiano mundial.


Veja aqui a nota de imprensa que a Igreja escreveu em relação às alegações do livro.




Este guia, já com alguma idade, é bastante simpático e está sempre disponível para responder a dúvidas e questões dos turistas.
Tal como na Catedral de Notre Dame também aqui se encontra um dos maiores orgãos musicais do mundo.
A Igreja de Saint Sulpice fica situada a Sul (se vem dos Jardim de Luxemburgo), de lá vire à direita e logo no cruzamento vai encontrar uma placa indicativa da Igreja. Fica a 3minutos a pé.

Outra das igrejas que não pode perder é a Sacré Coeur.

Sacré Coeur ou a Igreja do Sagrado Coração fica no monte de Montmartre daí que mesmo do centro da cidade consiga avistar a cúpula da igreja no cimo.
Para chegar a Sacré Coeur apanhe o metro e saia na estação de Abesses ou de Anvers
Em frente a esta é possivel apreciar uma vista sobre a cidade de Paris de cortar a respiração. Simplesmente fantástica e se tiver sorte ainda apanha um músico que toca harpa na escadaria da Igreja. A banda sonora perfeita para aquele momento. Fenomenal!!

Aproveite e veja as lojas de souvenirs que aqui conseguem ter preços um pouco mais baixos dos que no centro de Paris, mas diferenças mínimas. Para subir ao cimo da colina onde está a Sacré Coeur tem duas opções: subir uma longa escadaria onde é constantemente abordado por vendedores ambulantes onde tentam vender pulseiras caríssimas e que sinceramente mais vale gastar numa baguette, ou o funicular. Esta opção é gratuita para os portadores do cartão de metro Paris Visite, senão tem de pagar cerca de 1,40€ (por trajecto).
Depois de visitar, na nossa opinião, a mais bela igreja de Paris, caminhe até Montmartre e se tiver dinheiro para isso faça o seu retrato num dos vários artistas espalhados à porta de uma esplanada. Pode tentar negociar mas eles não baixam dos 20€.

Jardins


Como qualquer cidade europeia desenvolvida também Paris tem vários espaços verdes onde pode descansar depois de uma caminhada e quiçá fazer um piquenique.
Destacamos dois jardins: Luxembourg e Trocadero.

O Jardin de Luxembourg é considerado o Hyde Park francês. Fica situado no 6º arrondissement e para chegar lá saia na estação de metro do Odéon ou use o RER e saia na estação Luxembourg.


Caracterizado por uma vasta gama de flores é a casa do Palácio de Luxembourg. Este foi mandado construir por Maria de Medicis que após o assassinato do seu marido Henri IV decidiu abandonar o Louvre e mandou construir o palácio como uma réplica do Palácio onde cresceu em Florença. O Jardim de Luxemburgo foi terminado em 1625.
É o local perfeito para relaxar, observar as pessoas que por lá passam e se tiver crianças aproveitar o parque infantil e os ponéis que se encontram no topo da escadaria do jardim.


O Jardim do Trocadero fica em frente à Torre Eiffel. Basta atravessar a ponte Champ de Mars. Neste jardim costumam acontecer várias feiras onde são dadas ofertas aos visitantes. Normalmente a entrada é gratuita por isso aproveite.

Diversão


Dos vários tipos de diversão que existem em Paris damos 3 exemplos diferentes do que pode fazer.

Se quer algo mais calmo e com glamour sugerimos a Opera de Paris.
O nome pode sugerir uma opção cara, mas desengane-se. Todos os dias de espectáculo uma hora antes são vendidos os bilhetes entre 5 e 10€. Leve é na mala uma roupa menos turística já que pode ter problemas com o "Dress Code".
A Opera de Paris ou Opera de Garnier fica situada à saída de metro Opera. Não confundir com a Opera de Bastille.


Se quer algo mais jocoso e diferente sugerimos o famoso cabaret Moulin Rouge.
Fica situado à saída de Blanche.
É uma opção bastante cara, ronda os 100€ e não é nada do que aparece no famoso filme da Nicole Kidman. As bailarinas são decadentes, o serviço deixa a desejar e a comida é péssima. Se mesmo assim não se importa de gastar essa quantia de dinheiro e depois ao chegar a casa poder dizer que viu um espectáculo no Moulin Rouge, então divirta-se.

Se no entanto prefere algo mais jovial então o seu destino é o Quartier Latin. Aqui existem várias esplanadas com menus, onde para além de saborear o fantástico queijo francês pode assistir a espectáculos musicais de rua ou até mesmo ir até um bar frequentado por estudantes da Sorbonne.

Compras


Fazer compras baratas em Paris é uma ilusão!
Mas se mesmo assim quer tentar experimente a feira de Clignancourt. Fica à saída do metro com o mesmo nome. É uma espécie de feira da Ladra. Aqui pode encontrar de tudo mesmo. Desde artigos usados com 50 anos (alguns num estado lastimável) ou artigos modernissimos. Vende roupas, decoração, electrodomésticos, produtos alimentares, antiguidades, etc.
Tenha é bastante cuidado com os seus haveres já que é uma zona algo questionável e tenha também atenção por onde vai pois a feira é enorme e muito fácil de se perder. Acontece todos os sábados, domingos e segundas todo o dia.





Um género diferente são as Galerias Lafayette.

Semelhantes à cadeia "El Corte Inglês".
Aqui pode comprar roupa, géneros alimentares, calçado e se quiser suba as escadas até ao último andar e aproveite as vistas sobre a cidade.





São 10 andares onde pode gastar os seus euros em prendas.
Saia no metro Havre-Caumartin ou Opéra.

Claro está, para os bolsos mais cheios tem sempre os Campos Elíseos e a Place Vendome.

sábado, 24 de novembro de 2007

Como se deslocar em Veneza


Veneza não é uma cidade muito grande (45 minutos a pé devem chegar para atravessar a ilha desde a Piazzale de Roma até à Praça de São Marcos) nem de difícil orientação mas é labirintica o que nos pode trazer alguma confusão.

Para conhecer Veneza não deve existir melhor forma que fazê-lo a pé, já que nos permite liberdade de movimentos e paragens, para além de ser sempre a forma mais económica.
Em Veneza o encanto de conhecer a cidade a pé é deixarmo-nos perder e assim podermos observar mais facilmente o estilo de vida dos venezianos.
Veneza é uma cidade bastante pedonal e é possível encontrar imensas pessoas percorrendo a cidade a pé desde as 9h da manhã até pelo menos ás 23h.

A menos que esteja disponível para se perder imensas vezes por dia o ideal é que transporte consigo um mapa que pode comprar em qualquer quiosque à chegada à cidade por uns meros 3€.


Apesar da sinalização ser frequente e explícita para as principais atracções existem muitas ruinhas que lhe podem causar um ligeiro arrepio devido à pouca movimentação de pessoas e ao total isolamento de outras artérias principais.

Seja como for não se preocupe, pois os assaltos são muito pouco frequentes na cidade e o máximo que deverá acontecer é cruzar-se com outro turista perdido, achado numa viela.
É também provável que se meta por ruinhas que à frente vai verificar que não tem saída...
De qualquer das formas perdido ou não todos os caminhos deverão ir dar à Praça de São Marcos.



Percorrer a cidade a pé permite-nos parar para molhar os pés no adriático e observar com tranquilidade o cruzar das gondôlas.
É ainda demasiado frequente encontrar fontes de água sempre potável e encher a nossa garrafinha de plástico.
Os venezianos orgulham-se de terem fontes de água limpissíma e de confiança, sempre fresca, espalhadas pela cidade.



Para uma melhor orientação clique no mapa em baixo para ampliar e imprima para levar consigo na sua jornada em Veneza, já que este mapa oferece-lhe uma vasta ideias das casas de banho, todas a pagar (pontos a amarelo) dos supermercados (pontos a vermelho) e dos espaços verdes existentes (pontos a verde).

Apesar de ser a pé a melhor forma de conhecer a cidade existem outras possibilidades, até mesmo para quem queira conhecer outras ilhas da laguna, e aí o "Vaporetto" ganha destaque.
O Vaporetto é o nome do barco de transporte colectivo que se utiliza em Veneza e é quase a forma mais barata de flutuar nas águas de Veneza.
A companhia italiana que os gere é a ACTV.

Muito se tem dito sobre os preços praticados pelos bilhetes de Vaporetto, mas uma vez mais o Europe Calling vem trazer a certeza sobre os preços destes barcos aquáticos.

Para começar o tempo ideal para conhecer Veneza serão 3 a 4 dias, não mais e se possível nunca menos.
Durante este tempo tente estabelecer os dias em que vai utilizar o barco e dias em que só vai andar a pé, poupando assim desta forma.
Por exemplo experimente andar o primeiro ou os primeiros dois dias a pé a conhecer a cidade e a explora-lá da melhor forma possível. Provavelmente nos dias seguintes já sentirá algum cansaço e então aí aproveite para comprar o passe para utilizar o Vaporetto e conhecer as ilhas vizinhas como o Lido (palco do Festival de cinema de Veneza e das praias) ou Murano (famosa pelo fabrico de peças de vidro).


Em relação aos preços, "navegar" por Veneza não é nada barato.
Um bilhete de 60 minutos permite-lhe usar o barco nos 60 minutos seguintes a ser comprado, com saídas pelo meio se pretender, para qualquer destino (excepto Alilaguna, Clodia e Fusina). No entanto numa nova utilização terá de seguir a linha do barco para a frente e nunca para paragens anteriores.
Este bilhete, permite o transporte gratuito de uma mala de 150cm, e custa 6€.

Os bilhetes podem ser comprados em qualquer quiosque da empresa junto das paragens.
Se por alguma razão não adquiriu o bilhete antes de entrar, peça um dentro do Vaporetto ao "marinaio" (marinheiro/cobrador).


Um bilhete turistíco de 12h é igual e obedece às mesmas circunstâncias do anterior, modificando apenas o tempo de utilização do bilhete.
Custa 13€ e é provavelmente o mais indicado para uma utilização diária em Veneza, pois das 9h da manhã ás 21h será suficiente para se deslocar no Vaporetto.

Os bilhetes seguintes são de 15€ (para 24h de utilização), 20€ (36h), 25€ (48h de utilização e a melhor opção para um fim-de-semana) e 30€ (72h).

Se for um jovem entre os 14 e os 29 anos talvez seja melhor comprar o Rolling Venice Card, um cartão que lhe oferece alguns descontos e que pode apenas ser comprado em Veneza, que custa somente 4€ e lhe permite comprar um bilhete de Vaporetto de 72h por apenas 18€, uma vez na posse deste. É um desconto significativo de 7€ (o preço normal é de 25€) e permite-lhe ainda obter descontos noutras coisas.

Se está a viajar em grupo de mais 20 pessoas (mais vantagens ainda se com mais de 65 anos) está também previsto um desconto para a linha Nº1 (desde a Piazzale de Roma até S.Marcos).
Saiba mais aqui.

Existem ainda duas possibilidades de adquirir um cartão de descontos em Veneza.
O Venice Card Blu e o Venice Carde Orange.
Ambos são caríssimos e ficará sempre ao seu critério a utilidade da sua compra.


Quanto aos barcos podemos afirmar que são verdadeiras traineiras, muito antigos e sempre com imensas pessoas no interior, ao estilo da imagem que temos em países como a Indonésia ou algo semelhante.
A entrada para o Vaporetto faz-se num cais instável mas seguro e numa verdadeira jogada de sorte. A maior parte dos turistas tem medo que os Vaporettos esgotem e não haja nenhum a seguir.
A frequência destes barcos variam em função da linha, mas a mais utilizada, para S.Marcos, deve existir de 10 em 10 minutos.
A abordagem ao cais é também algo brusca mas sempre feita em segurança.
Não se espante se vir um cais a ser transportado por um barco reboque.
É provavel que tenha de ser sujeito a manutenção.


Em jeito de recomendação e dado que é bastante difícil usar o Vaporetto com muito espaço à sua volta tenha sempre os seus bens vigiados e nos bolsos interiores da roupa ou a mochila bem fechada.
Como em todas as cidades existem individuos que só entram no transporte para "furtar".

O elevado preço dos bilhetes, do mais utilizado transporte público de Veneza, permite-nos erradicar qualquer ideia de ficar hospedado em alguma das ilhas á volta de Veneza pois irá concerteza afectar o seu orçamento.


Se vai a Veneza não vai querer perder a oportunidade única de andar de Gõndola.
A Gôndola é a forma mais elegante e dispendiosa de conhecer a cidade.
A maior parte das pessoas que sonha ir a Veneza preenche o seu imaginário com um passeio neste impressionante meio de transporte.
As Gondôlas são exactamente como todos as imaginamos mas com mais excelência e luxo.

Inicialmente projectadas como modo de vida entre os habitantes é hoje sinónimo de riqueza entre os seus utilizadores. Outrora milhares, são hoje pouco mais de algumas centenas as que perduram nos canais.
As Gôndolas são feitas de 8 diferentes tipos de madeira e compostas por 280 peças.
Cabe ao dono de cada uma decora-la ao seu estilo, porém terá sempre de manter a sua cor exterior preta.
É extraordinariamente difícil obter a licença para se conduzir uma Gôndola e apenas uma mulher em Veneza tem uma.


O preço base das Gôndolas é definido pelo governo da cidade e está fixado em 80€.
No entanto os "gondoleri" cobram sempre acima deste valor (nunca abaixo) e de nada servirá regatear.
Os turistas japoneses e americanos muito contribuem para os valores altos que chegam a ser cobrados por um passeio nestes barcos, pois aceitam praticamente qualquer valor que lhes é pedido, deixando assim pouca margem de manobra para turistas com os bolsos menos carregados.
Prepare-se para ouvir propostas dos "gondoleri" entre os 100€ e 150€ por um passeio de 45 minutos.
Este valor é válido para 2 pessoas, sendo que por 4 ou 5 pessoas o valor aumentará, mas aí também pode ser repartido por mais gente a pagar.
A partir das 20h as Gôndolas passam a ser mais requisitadas e são por isso também mais caras.

Se quiser uma viagem ainda mais inesquecível junte 200€ e terá um "cantante" na sua Gôndola a percorrer os canais consigo, enquanto impressiona com a melodia "That's Amore". Divinal.



Se não pode dar-se ao luxo de viajar sozinho ou só com outra pessoa numa Gôndola não desespere, pois a sua oportunidade ainda não está perdida.
Existem Gôndola Tours que por 35€ por pessoa permitem um passeio de cerca de uma hora na companhia de mais umas seis ou sete pessoas, na mesma Gôndola.
Pode reservar pela internet ou então junto á ponte do Rialto.


Se não tem ou não quer gastar tanto dinheiro numa gôndola, então vai adorar a opção "Traghetto".
O traghetto é um barco muito semelhante à gôndola mas que é utilizado para apenas fazer travessias entre uma margem e outra.
Como só existem três pontes sobre o Grande Canal (3.5km de comprimento) e nem sempre se está perto de uma ponte, usa-se o traghetto.
Uma viagem de traghetto dura cerca de 1 minuto mas também só custa 0.50€.
É a experiência mais parecida com uma g
gôndola, se bem com muita gente a bordo, mas também a forma mais acessível de circular nas águas venezianas.
Por vezes as travessias são tão curtas que as pessoas nem se sentam.
Existem sete paragens de traghettos em toda a cidade, procure-as.

O outro meio de transporte é o táxi aquático.
Imagine só, se em terra os táxis já são caros, quanto não custará andar num em plena Veneza.
Este meio é utilizado geralmente pelos executivos que chegam à cidade ou pelos clientes que vêm para ficar nos grandes hoteis e aconselhá-mos que se mantenha afastado de um se não quer dar cabo do seu orçamento.


De qualquer das formas tudo aqui se movimenta por água e mesmo o transporte de um doente, a celebração de um funeral ou o patrulhamento da polícia é sempre feito de barco.
Se calhar é por tudo isto que Veneza é uma cidade única...