domingo, 23 de dezembro de 2007

O que Ver em Veneza


Veneza é das cidades mais fantásticas que se pode conhecer e seria optimo se todos pudessemos visitá-la pelo menos uma vez na vida.
O que vamos descrever abaixo não é tanto os locais que tem de visitar, mas tão pouco os locais que vai acabar por encontrar.





Se tivessemos de escolher todos os sitios que valem a pena conhecer na ilha não seria possível descreve-los em tão pouco texto.
Fique então com uma pequena descrição de alguns locais de excelência da maravilha italiana.






Veneza é uma cidade que pede para se perder nas ruas , seguir as pessoas, comprar souvenirs, comer bem, desfrutar da paisagem...
Claro está que existem pontos fulcrais que não pode perder tais como a Ponte do Rialto, a Praça de São Marcos, o Palácio dos Doges e o Grande Canal.

Mas isso são coisas que são impossíveis de perder.

Todas as ruas têm indicações para o Rialto e para São Marcos, tal como a fotografia demonstra.
É muito fácil percorrer as labirínticas ruas da Serenissíma e chegar aos sitios mais afamados..um pouco como "todos os caminhos vão dar a Roma", em Veneza todos os caminhos vão dar ao Rialto ou a S.Marcos.


As ruas talvez por serem pequenas ou como reflexo dos milhões de visitantes que Veneza recebe por ano estão quase sempre apinhadas de gente e nem sempre é fácil voltar a um local onde vimos algo especifico à venda ou algo que nos fez dilatar as pupilas.

A nossa recomendação é que compre de imediato aquele objecto que o maravilhou pois apesar de não ser uma cidade grande é também algo confusa e pode não voltar a encontrar aquela ruinha onde tinha algo que quis comprar mas pensou que podia fazê-lo mais tarde.
Tirando os locais de culto e reconhecidos como atracções principais, todos os outros locais podem ser dificeis de revisitar a não ser que tenha uma memória de elefante e um gps no bolso.


Ao contrário do que os guias dizem Veneza não é uma cidade cara, antes pelo contrario, por isso vá preparado para comprar souvenirs fantásticos a preços muitas vezes reduzidos.







Uma máscara veneziana pode rondar os 20€ numa banca de rua.





Claro que se quiser uma máscara especifica ou “diferente” então tem de comprar numa loja especializada, como a Ca' del Sol ou a Bottega dei Mascareri (mesmo no centro do mercado do Rialto) que fizeram máscaras para o filme Eyes Wide Shut e outros filmes de Hollywood cujos preços ascendem os 80€.

Mais cara ou mais barata, compre..É uma excelente recordação e marca da cidade, um souvenir bastante popular e pode tão cedo não voltar a Veneza. Se acabar por não comprar vai certamente mais tarde arrepender-se.

Vá por onde for é uma questão de tempo até encontrar o Grande Canal.


O Grande Canal circunda toda a ilha de Veneza mas é atravessado por apenas 3 pontes: a Rialto, a Accademia e a degli Scalzi, e está uma quarta a ser construída logo à saída da Ferrovia de Santa Lucia que a liga directamente à Piazzale de Roma - A Ponte di Calatrava.

Depois claro que existem centenas de pontes minúsculas que atravessam os pequenos canais que banham a ilha.

O Grande Canal, a “auto-estrada” veneziana, é mesmo muito grande, tem cerca de 4km de comprimento, cerca de 70metros de largura e aproximadamente 4,50m de profundidade sendo apenas um dos 177 canais que atravessa a cidade. Começa na Piazzale de Roma e termina na Piazza de San Marco.


Serpenteando pela cidade, nas suas margens podemos ver elegantes palácios, luxuosas gôndolas, ferries, lanchas-taxi, barcos da policia, barcaças com os produtos frescos do dia a navegar pelas águas nem sempre calmas do Grande Canal.

A meio do trajecto do Grande Canal vai encontrar a mais famosa das pontes venezianas, a ponte do Rialto.


A ponte do Rialto é o um dos "ex-libris" da cidade. Tem 28 metros de comprimento, 8metros de altura e foi construída em 1588. Os principais arquitectos do século XVI Miguel Ângelo, Sansovino e Palladio entraram em concurso público para a construção desta ponte. Todos eles perderam para António da Ponte.
Neste local anteriormente existiam 2 pontes, uma de madeira que ruiu pelo excesso de peso e mais tarde uma ponte levadiça que se abria para a passagem de barcos à vela com grandes mastros.


A ponte degli Scalzi, provavelmente a primeira ponte que verá se chegar de comboio à cidade, tem 40 metros de comprimento, está elevada a 7 metros de altura e foi construída em 1934 em pedra como objectivo de substituir uma ponte de ferro austríaca.

A ponte dell Accademia, a famosa ponte de madeira, foi construída em 1932 e foi considerada uma ponte temporária até que uma estrutura mais substancial fosse construída. Manteve-se até hoje a pedido dos habitantes.


A quarta ponte ainda a ser construída é a Calatrava que liga a Piazzale de Roma à estação de caminhos de ferro da cidade: Santa Lucia.

Uma outra ponte, famossissima pela sua história, não atravessa o Grande Canal mas toda a gente a quer fotografar.
Falamos de Ponte dos Suspiros.


Pode atravessa-la quando visitar o Palácio dos Doges e era por esta travessia que outrora os presos passavam das prisões adjacentes ao Palácio para o local da sua execução.
Reza a história que o seu nome deve-se aos suspiros que os presos davam quando viam pela última vez o céu e o mar de Veneza.


A atracção principal de Veneza é sem dúvida a Piazza de San Marcos.
Uma das mais bonitas e requintadas praças europeias de gigantesco movimento e concentração de pessoas.

É aqui que vai encontrar a Basílica, o Campanilo, o Palácio dos Doges, a Torre dell'Orologio, as Colunas de San Marco e San Teodoro, a Procuratie Vecchiae e Nuove, a Piazzeta, o Cafe Florian (conhecido por ser o primeiro café da Europa) e onde pode sempre comprar uma saca de milho por 1€ e alimentar os pombos, para tirar aquela foto turistica frequente.


A Basílica de San Marcos é um magnificente edifício bizantino que domina a Praça e foi construído para mostrar o poder da República Veneziana e para guardar o túmulo de São Marcos. Sendo utilizada como a capela do Doge, realizaram-se aqui coroações, enterros e procissões, luxuosamente emoldurados por mais de 4000 metros quadrados de mosaicos, tesouros orientais e 500 colunas que remontam ao século III.

Prepare-se pois irá deparar-se com uma fila gigante para entrar e depois ser barrado à entrada pois não se pode entrar com mochilas e sacos na Igreja. Antes de se colocar na fila veja o mapa que se encontra no início da fila onde pode guardar os seus pertences. Preste também atenção à indumentária pois pernas e ombros à mostra não entram.

Se não quiser perder tempo na fila e se não viaja sozinho então entre à socapa e passe à frente de toda a gente. Deixe alguém de guarda com as mochilas e entre na Igreja como se já tivesse estado na fila e tivesse ido guardar os sacos. Existe uma entrada especial paralela à fila principal que não tem fila.
Não é muito bonito mas pode ser necessário.

Confira aqui os horários pois variam conforme a altura do ano e o preço das visitas ( a visita somente à Basílica é gratuita).


Dentro da Basílica pode ainda ver, na fachada ocidental (exterior) uma sucessão de cúpulas, arcos, colunas, estátuas de mármore e azulejos que data desde o século XIII e ainda o magnífico altar com jóias incrustadas feito em Constantinopla em 976 (e que entretanto já sofreu aumentos), conhecido como Pala d’Oro.
Olhe para cima e admire a Cúpula de Pentecostes onde os mosaicos ilustram a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos. Diz-se que foi a primeira cúpula a ser ornamentada com mosaicos.
Pago à parte visite o Tesouro, onde pode ver obras desde os tempos medievais e onde poderá ver pedaços da Cruz de Cristo.









A imagem do Café Florian, o primeiro café da Europa e um dos mais requintados cafés em todo o mundo.







Outro local que tem de visitar e disfrutar das vistas que oferece é o Campanilo ou a Torre dos Sinos.
Encontra-se também na praça de São Marcos (em frente à Basílica) e é impossível não ver pois é o edifício mais alto da ilha, tem 98,6metros de altura.

Outrora um farol, salão de tortura e torre de vigia foi construída em 1514, porém o edifício que presentemente subimos é uma reconstrução, pois a original caiu em 1902 após o grande terramoto que abalou Veneza.

Prepare-se também para uma fila enorme para entrar e não se preocupe pois a subida faz-se num elevador até ao topo. A entrada custa 6€ e pode ficar o tempo que quiser no interior.
45 minutos chegarão para se fartar mas é visita obrigatória dada a paisagem que oferece.

Em baixo uma foto tirada do topo a provar que vale a pena a fila de espera.



Se a foto não o convenceu..então veja o vídeo...



Se quer visitar museus então dirija-se ao Palácio dos Doges que tem para si um cartão que vale 13€ (San Marco Plus) e que lhe permite a entrada num museu situado na Praça de São Marcos tal como o Palácio e um outro à sua escolha.
Atenção que se quiser uma visita guiada no Palazzo Ducale terá de pedir a visita com cerca de 1 semana de antecedência senão nada feito. Faça-o online.



A nossa sugestão, caso queira visitar o Palácio dos Doges é comprar o bilhete na véspera pois não terá de enfrentar a fila para entrar.

O Palacio dos Doges é uma construção que combina os estilos bizantino, gótico e renascentista e foi a casa oficial de 120 doges que governaram Veneza de 697 a 1797.
O Doge era uma espécie de Presidente da cidade que regulava os valores e morais dos habitantes venezianos. Foi também neste palácio que o famoso Casanova esteve preso. É possível visitar a cela onde a famosa personagem esteve "hospedado".


A Torre dell'Orologio fica do lado esquerdo quando de frente para a Basílica.
Esta torre de relógio tem duas figuras de bronze que dão as horas. No dia de Reis e da Ascensão em cada hora surgem as figuras dos três Reis Magos liderados por um Anjo. Reza a lenda que os artifícies desta obra foram cegados para que não a pudessem repetir.


Na direcção ao Palácio dos Doges, em frente ao Grand Canal irá encontrar 2 grandes colunas de granito em homenagem aos dois grandes patronos de Veneza: San Teodoro e San Marco. No topo destas duas colunas uma tem representada o leão de São Marco e a outra a imagem de São Teodoro.
Era neste local que eram feitas as execuções.


O Mercado de Rialto continua tão movimentado como antigamente. Há registos deste mercado desde 1097. A zona é também o coração histórico da cidade e os seus edifícios datam do século XVI devido ao grande incêndio no Rialto em 1514. No carnaval os donos das bancas competem com os seus trajes medievais e somente os novos toldos e as máquinas electrónicas denunciam a era moderrna.
Acontece todos os dias e prepare-se para se deliciar com as refrescantes bancas de fruta que quase o “obrigam” a consumir.


Aqui pode também comprar os souvenirs para levar para casa, comprar produtos frescos ou simplesmente sentir a aura veneziana.
Tenha é bastante cuidado com os seus pertences pois as ruas são bastante estreitas e não existe 1cm2 inocupado.


Se gosta de visitar museus então a nossa sugestão leva-o até ao Museu de Peggy Guggenheim.
Contem obras de cerca de 200 artistas contemporâneos desde o Cubismo, o Futurismo e o Surrealismo.

Esta colecção encontra-se no Pallazzo Venier dei Leoni, conhecido como o palácio inacabado pois a sua construção não passou do rés-do-chão. Para alem das obras de arte poderá passear pelo jardim e conhecer a casa de Peggy.
A forma mais pratica de chegar a este museu é através do vaporetto que tem paragem mesmo à porta mas se preferir atravesse a Ponte da Accademia e fica numa das ruínhas. (esperamos que entendam a nossa dificuldade em dar direcções mas de facto é bastante complicado dar uma localização exacta dos sítios pois muitas das vezes encontrávamos os locais por mero acaso ao deambular pelas vielas venezianas)


Destacamos ainda a ilha e a Igreja com o mesmo nome de San Giorgio Maggiore (talvez reconheça a imagem de alguma loja de marca nos centros comerciais portugueses), a igreja Santa Maria della Salute, a igreja Santa Maria Gloriosa dei Frari e San Patoleon.
A Igreja de San Giorgio Maggiore fica na Ilha de S.Giorgio Maggiore, mesmo em frente à Piazza de San Marco.
Aqui dentro irá encontrar dois quadros de Tintoretto, A Última Ceia e A Recolha de Maná e do alto do campanário pode desfrutar de belas vistas sobre a ilha de Veneza.
É também possível subir ao topo da sua torre por cerca de 5€.

A Igreja de Santa Maria della Salute é uma construção barroca que domina a entrada mais a sul para o Grande Canal. Mais uma vez aqui pode apreciar obras de Tintoretto e de Ticiano.


Santa Maria Gloriosa dei Frari fica na Ilha de Veneza, na zona de San Pólo, demorou 100 anos a ser construída e o altar demorou mais de 26 anos a ser terminado.
Aqui poderá visitar túmulos dos Doges e de artistas e ver inestimáveis tesouros artísticos.

Finalmente a última igreja que destacamos é a de San Patoleon onde poderá ver um prego da Cruz de Cristo.

Se quiser fazer uma pausa à sua viagem cultural ou acha que está demasiado calor para andar nas ruas de Veneza então meta-se num Vaporetto e passe um dia na ilha do Lido.


Conhecida como sendo o local onde todos os anos acontece o famoso Venice Film Festival é aqui onde os veraneantes decidem refrescar-se na frescura das águas do Mar Adriático, na zona das praias de Veneza.
Verá que vale bem a pena...

E quem nunca ouviu falar do vidro de Murano? Pois bem, fique a saber que está apenas a um vaporetto de distância de ver como se fazem as belas obras de arte em vidro ao vivo e a cores.



Embarque para a Ilha de murano e passe um belo dia visitando as fábricas e comprando esta arte milenar em vidro.





Antes de irmos recebemos várias opiniões sobre a cidade e ficamos algo espantados com relatos de ser uma cidade suja e de odor dificil.
A nível de cheiros só irá sentir aquele odor desagradável no momento em que é feita a recolha do lixo (e isso cheira mal em qualquer cidade do mundo) para além de que é momentâneo e precisa de ter muito azar para encontrar o barco do lixo. Os canais apesar de por vezes terem lixo a boiar e ser provável, embora não visível, a existência de ratos, que cidade não os terá?!

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